quarta-feira, 29 de agosto de 2012
AFINAL
AFINAL
O livre-arbítrio nem sempre gera tempestades, nem tão pouco tem que fazer do silêncio o seu manto predilecto, só para ser diferente na embriaguez do pensamento, lá naquele canto a que chamam teia do tempo.
Todos os ventos têm refl
exos, queiramos ou não, enfeiticemo-nos com o tanto ou amparemo-nos no nem por isso, sejamos cruzes ou trovão, encanto ou razão, desculpa ou senão.
Todas as velas se apagam. Todos os candelabros se reacendem. Haja chama. Haja vida. Hajam impossíveis para desbravar, já que o único caminho sem saída é aquele que não se percorre.
O livre-arbítrio é isso mesmo: um compêndio de fichas de casino que, independentemente do lado da moeda, faz questão de nos comprovar de que as cicatrizes também se encarceram no álbum dos sorrisos.
Afinal, o invisível é muito mais do que um jogo de talvez ou destino. E o falível é um dia como os outros, embora num outro calendário, porque só há um rumo: aquele em que se é um simples simplesmente.
Francisco Moreira
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
TEMPO
TEMPO
Aquilo que interpretamos como tempo, afinal, não é um círculo viciado composto por retalhos de sol e de lua, consoante os ciclos impostos pelos cruzamentos dos dias.
O "aquilo" mais não é do que um conjunto de peças de puzzle de um
argumento que, de encaixe em encaixe, mesmo com desencaixes, tenta ensinar-nos a acontecer para lá do tempo, como se ele, o tempo, só existisse para nos corrigir, já que o que ficará nunca será o tempo, mas sim o que fizemos em prol do ser-se, justificando-nos com ele ou com a sua falta.
Francisco Moreira
domingo, 19 de agosto de 2012
O sonho e o sono
O sonho e o sono
O turbilhão das ideias tem particularidades únicas, daquelas que, por muito que tentemos, não conseguimos levar para o tapete da caixa registadora. É assim. Será assim. Mesmo quando a moleta do desenrasque nos apoia no caminho urgente dos minutos, na brevidade do necessário.
E as ideias continuam, entre o esperar por adormecer e a preguiça do tomar nota, porque o amanhã as fará ressuscitar, e com ainda mais clarividência, com régua e esquadro, para melhor, ainda.
As ideais são isso, só isso: reticências que almejam ser pontos finais, sabendo que entre o diluir e o acontecer vai uma imensa noite com outro tipo de sonhos, ou pesadelos, por mais que o dia seguinte urja.
Francisco Moreira
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Música Anos 70, 80 e 90
Escrito por uma Deusa e um Sonhador... em nome de um Ângelo
