domingo, 11 de setembro de 2011

Nada

Com a quantidade de imagens com que hoje estamos sintonizados, é caso para dizer que, mesmo 10 anos depois, aquele despertar Americano fez com que o mundo se transformasse de vez num lugar menos bom, já que a maldade comprovou não ter fronteiras.

Há quem diga que hoje estamos mais seguros. Eu tenho as minha dúvidas. Acho mesmo que esta "publicidade" mundial fez (faz) com que se despertassem inúmeros seguidores de uma espécie de "15 minutos de fama", principalmente aqueles que sonham em ser notícia, em fazer notícia, independentemente dos danos necessários para chegarem a esse fim incompreensível.

O "9/11", inquestionavelmente, e enquanto habitantes de um mesmo mundo, fez-nos ceder e "aceitar" duas coisas: o bem nem sempre vence, e o mal tem armas poderosas.

Eu sei que posso virar o ponteiro da tristeza para outras calamidades, e daquelas que diariamente "consomem" mais vítimas do que as que se verificaram naquele dia de horror... E pena é que não mereçam o mesmo tempo de antena, para ver se também acordávamos para outros terrores, bem vivos, e há mais de 10 anos, de maneira a tratarmos melhor dos nossos.

Mas reportando-me ao mal e à insaciável vontade de o colocar em prática, recordando a emissão da RTP, Canal 1 - que vi estupefacto, na altura e hoje, apetece-me sublinhar que é uma pena constatar-se que o ser humano consegue ir do 8 ao 80... por nada, sendo que o tudo que argumentam, no final da vida, muito provavelmente, representará nada. E pior ainda é sentir-se que, se o deixarem, ele, o ser humano, fará de tudo para chegar ao 800... E por nada, recordo, mesmo que o nada, na vida, dependendo do lado em que se está, pode representar tudo.

Francisco Moreira

* Ah! E fiquei com saudade de ver a Andreia Neves a apresentar o "Primeiro Jornal". Excelente, principalmente por, na altura, ainda não ter anos e anos de traquejo. Também ela ficou para a história, por "fazer" história.

2 comentários:

Jota disse...

Tambem eu tenho duvidas sobre a segurança e concordo que não estamos mais seguros, com mais aparato e menos segurança talvez.
Lamento ainda que todos aqueles anónimos, ou não, que livre e espontaneamente, ou não, ajudaram a retirar vitimas dos escombros, não tenham por parte desse governo o apoio médico incondicional que deveriam ter, a nível médico.
Abraço.

FM disse...

Ui! Que bem "tocado", Jota.
Pois. Pois e Pois.
Abraço.

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