segunda-feira, 30 de maio de 2011

Multa

Não paramos de andar em excesso de velocidade, e não me refiro apenas e tão só aos limites rodoviários, refiro-me aos excessos que transportamos diariamente às costas: a velocidade vertiginosa em que conduzimos a nossa vida.

E o principal problema, acredito, está ao nível do pensamento. Passamos demasiado tempo preocupados com o que nos acontece e com o que nos pode vir a acontecer, antecipando eventuais cenários, antecipando danos que, muitas das vezes, nem se justificam.

Este viver-se preocupado vezes sem conta é responsável por um desgaste acima do "permitido", esta "vida locca" a que nos entregamos repetidamente, transformando a "modalidade" em hábito, faz com que passemos ao lado do que é mais importante, faz com que tenhamos todo o tempo do mundo, ou melhor, toda a "preocupação do mundo", para o que tem menos essência, para o que tem menos significado.

E é por isso que não param de nos chegar multas e mais multas, daquelas sem talão mas com efeitos práticos, daquelas com que já não nos remendamos, deixando os "fiapos" à deriva, embora "certos" de que haverá sempre maneira de a "livrar" - à multa e não ao desgaste.



Francisco Moreira

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