sexta-feira, 8 de abril de 2011

Salto-Alto

Estou com a sensação de que vamos voltar rapidamente ao tempo do "pé descalço", aquele tempo em que, mesmo sem ter o que "calçar", éramos mais felizes por sermos mais nós, principalmente para com os outros.

Não, não me estou a referir à crise, à pobreza dos "remediados" com que se "esconde" a mudança, embora isso também "faça parte" da reaprendizagem. Estou sim a apontar o meu sublinhar para aquilo em que, mais tarde, ou mais cedo, nos acabaremos por transformar, por necessidade, por imposição superior. Refiro-me ao aprender a andar "descalço", ao deixar de lado os títulos para dar voz aos valores, refiro-me ao trocar do parecer-se pelo ser-se, o acontecer-se por paixão, por prazer, nosso e de quem nos rodeia.

Como e quando chegaremos lá?

Não sei a reposta. E tenho em mente de que prefiro nem a saber, mas pressinto que é para lá que nos encaminham, sejam quais forem as forças que estejam a redireccionar este novo "trânsito", e muito provavelmente sem que nos apercebamos.

O mundo vai mudar, o mundo já está a mudar. Só não vê quem não quer ver. Só não vê quem continua a sonhar. Cá para mim, não falta muito para que quem faz parte do mundo passe a ter duas opções: regressar ou desaparecer. É que já não há tempo para "salto-alto".


Francisco Moreira

2 comentários:

Jota disse...

Pois...!

Maurício disse...

Eu, que gosto muito de dizer coisas, também digo: pois!...

Abraço

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