quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Início de Nós

Um dia destes encontrei-me. Cumprimentei-me, perguntei por mim e, vá-se lá saber porquê, dei comigo a tentar cravar a mim mesmo para mudarmos de personagem. Eu queria tanto ser eu! - Este poderia muito bem ser o resumo de uma curta conversa entre o que somos e o que queríamos e deveríamos ser, enquanto pessoas, enquanto seres solidários, enquanto seres íntegros, enquanto seres emocionais, enquanto seres construtivos, enquanto seres na procura da felicidade.
Mas, erradamente, optamos por ter outros tipos de diálogo entre nós e nós, sempre ao jeito das reclamações, pressuposições e desistências, porque - dizemo-nos - a vida assim o obriga, com as suas rédeas curtas, objectivas, com os seus tentáculos económico-sociais da era da globalização. Quem avança sobrevive, quem relaxa enterra-se.
Onde quero eu chegar com esta confusa troca de galhardetes? À essência do ser, em litígio com o acontecer.
Acredito que todos temos um lado bom, humano e feliz mas... Com esta mania viciante de ser mais e melhor, acabamos por perder-nos no "brilho" do cinzentismo, este descarrilar galopante e asfixiante a que - sabemos e interiorizamos - chamamos sobrevivência, nesta dita selva de vaidades, neste faz de conta sem rede, nesta loucura escondida, nesta depressão depreciativa... neste vai-vem que nunca nos deixa chegar onde deveríamos estar sempre, ou seja, no início de Nós.
Francisco Moreira

1 comentários:

Jota disse...

Sou um tenaz defensor da condição humana e acredito que a maioria de nós tem esse lado bom e humano. Porém existe uma determinada percentagem não quantificada de gente que vem a este mundo, com o propósito de disseminar maldade e espalhar conflitos no peito daqueles que anseiam ser felizes.
Jota

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