terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sim, não ou Talvez?

A pretexto da notícia de casamento de uma amiga minha este fim-de-semana, e sem querer "agoirar", porque quero muito que seja muito feliz no seu enlace, dei comigo e com os meus botões a falarem daquilo que ouço e "sinto" serem a grande maioria dos novos "enforcamentos".
Não, não sou casado, apesar de aparentar ser um eterno noivo (risos). Mas, e levando a conversa para onde pretendo, pelo que "vejo", a balança dos casamentos vai "de mal a pior", principalmente por se "dar o nó" sem se conhecer o outro e, principalmente, o próprio, isto em termos de convivência dentro de novas quatro paredes.
Acho - e aceito me me digam que estou errado - que uma grande parte dos casamentos de hoje vivem daquela "embriaguez" das circunstâncias, da "necessidade" de avançar, da semi-vontade de experimentar.
Quantos noivos, nos dias que correm, acham mesmo que o "sim" é para sempre? (não sigo que não o queiram!) Quantas noivas acreditam no príncipe encantado? Quantos sinais são dados em contrário (quando são) e, mesmo assim, avança-se?...
Sim, eu também sei que os dias de hoje são diferentes e que têm a gigante vantagem de "permitir" que se possa colocar um ponto final naquilo que, pela veia do, por vezes, "falso encantamento", eram brilhantes reticências.
Sim, também encontro exemplos de casamentos duradoiros, daqueles que aparentam ser para sempre, e que, provavelmente, o serão, felizmente.
Mas, voltando à balança dos novos "enforcamentos", e para evitar tantas partilhas, principalmente emocionais e depressivas, aproveito a oportunidade para sublinhar (e equacionar) que se pouparia muito (aos próprios e aos próximos dos próprios) se se optasse por fazer a lua-de-mel antes do "sim", principalmente quando os "sim", quando avaliados com verdade, em tantos casos, são uns reticentes "talvez".
Se eu casaria? Se eu casarei? Sim.
Porquê? Porque as minhas reticências de hoje têm respostas, daquelas que só se conseguem quando já se está "casado", e bem casado em tempo considerado útil.
Francisco Moreira

4 comentários:

Xanda disse...

Este texto fez-me recordar o meu primeiro ano de casada.
Como muitos casais eu também já passava férias com o Carlos, fins-de-semana etc.
Muitos desconhecem que férias e etc e tal é completamente diferente de passar os dias juntos, para mim e tenho praticamente a certeza que para o meu marido também o 1º ano de casada foi o mais complicado. É a fase de adaptação a tudo, a partilha, o não ter o papá e a mamá por perto, as contas, os horários que mudam, tudo é diferente.
Estou casada há 8 anos e, sinceramente não consigo imaginar a minha vida sem o Carlos mas no primeiro ano de casados foi complicado, mas graças ao amor que nos une conseguimos ultrapassar várias situações a que um e outro não estavamos habituados.
Hoje, digo isto muitas vezes, antes de casarem comecem por partilhar uma casa e ver se realmente a relação tem perninhas para andar e só depois devem dar o grande passo.
Bjnhs kido e o teu "casamento" é pura felicidade.

FM disse...

Esta Xanda, uma querida, adora dar peso aos meus pensamentos... e eu fico feliz.
Beijos... e Continuem Felizes.

Jota disse...

FM, mesmo no ponto. Mas não doi nada e é só um papel assinado. Depois por mais que elas digam que não é preciso, querem o tal documento, e com toda a legitimidade.
Não conheco a Xanda mas tiro-lhe o chapéu. Sou um jovem ainda (50 anitos) casado vai para 26 anos, com 6 anos e 2 dias de namoro. E é isso Xanda, está tudo aí no que escreveu. Numa das minhas crónicas, na qual tive o prazer de um curto e breve comentário do FM mas como sempre, no ponto, eu dizia:
".......então no desfecho, muito, mas já mesmo muito velhinhos, aos arcaicos amantes, sempre lhes restará uma grande amizade e extremo afecto de um, pelo outro."
Parabens Xanda.
FM, já era hora não? (risos)
Jota

paulofski disse...

Oh pá, eu casava-me outra vez!

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