quinta-feira, 23 de setembro de 2010

- Perdoe o incómodo!

Há anos que me apetece escrever sobre aquelas pessoas, provavelmente fantásticas nas suas vidas fora do emprego, que têm o dom de atender "por favor", sim, aquelas pessoas brilhantes, provavelmente nos seus sonhos, que têm o dom de detestar o que fazem e de o demonstrarem com todas as rugas e cabelos brancos, mesmo não os tendo.
Não são raras as vezes em que me apetece perguntar-lhes o seguinte:
- Já pensou em mudar de emprego?
Claro que, se obtivesse resposta do género "tomara eu", teria logo uma segunda pergunta na manga, esta:
- Já imaginou quantos dos 600 mil desempregados ficariam felizes por hoje terem a hipótese de ter o seu lugar?
Eu sei que existem condicionantes para que o atendimento, privado ou público, viva neste estereótipo denominado "mal-encarado", mas será isso suficiente para se demonstrá-lo a todos e a mais alguns, mesmo aqueles que "até" são simpáticos?!
Obviamente que não faltam exemplos de clientes e outros que merecem aquelas faces de "gato mal morto" como resposta mas - e aqui está a diferença - será que não dá para separar o "trigo do joio"?
Ah, isto sem esquecer que naquela outra altura, a do despedimento, todos esses "mal-encarados" serão os primeiros da fila a tentarem comprovar, com palavras e sinónimos deles, que foram os melhores atendedores do mundo e arredores.
Francisco Moreira

2 comentários:

Ricardo disse...

Desses 600 mil quantos queres efectivamente voltar a trabalhar?
Com tanto subsídio, acredito que nem metade tenha essa vontade.

FM disse...

Pois... Mas haverá alguns (muitos) que não se importariam... Imagino eu!
Abraço.

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