quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Peão e a Razão

Hoje, num dia em que graças a uma campanha da STCP, se discute o comportamento dos peões nas estradas dos automóveis, apraz-me sublinhar que sou melhor peão do que condutor, embora, como a grande maioria, ande mais de carro do que a pé.
Enquanto condutor, tento ser respeitador das regras de trânsito, exceptuando os limites de velocidade dentro das localidades, algo que raramente faz equipa com o pedal do meu acelerador. No papel de peão, tento atravessar nas passadeiras, ao ponto de fazer mais uns metros para cumprir as leis. E olho, sim, olho para quem vem.
No entanto, no papel de condutor, vejo repetidas vezes o instituído poder do peão que, graças ao seu "tenho sempre razão", atravessa-se onde bem lhe apetece dando-se ao luxo de nem olhar, arvorando-se de todas as razões e mais algumas. Isto para não me referir às "bocas" que também adicionam a essa "lei pedonal".
É lógico que muitos dos inúmeros atropelamentos que acontecem, lotados de mortes, são culpa dos peões, pelo menos na maior das percentagens, e pelas razões que já referi. Contudo, no papel de peão, não são raros os exemplos contrários.
Em que ficamos? Na selva, aquela espécie de "salve-se quem puder", sendo certo que dói menos aos automobilistas.
Francisco Moreira

2 comentários:

paulofski disse...

Infelizmente os atropelamentos são dos acidentes mais frequentes nas cidades e estão no topo da lista negra da mortalidade rodoviária. Mas aqui a culpa no cartório pende para todo o lado. Para o lado do condutor que não respeita prioridades, velocidades, estaciona onde lhe dá jeito e anda mais distraído a enviar sms pelo télélé enquanto conduz. Para o peão que atravessa à la gardére, onde calha e sem auto-cuidado. E pende muita responsabilidade para o mau estado das vias, falta de passadeiras e de sinalização, bem como a manutenção desses acessórios de segurança.

Estive em Portimão nestas férias e para chegar à praia tinha de atravessar uma avenida com bastante trânsito. As passadeiras estavam bem localizadas e assinaladas, num pavimento elevado de granito. Felizmente, e para meu espanto, fiquei bastante agradado ao perceber que os automobilistas respeitavam o peão, e acho que não era só para apreciarem as nossas peles bronzeadas!

FM disse...

Pois, pois e Pois!
Abraço.

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