quarta-feira, 29 de setembro de 2010

- Já ia!

Confesso que sou daqueles que torce o nariz à expressão: "tenho cuidado com o que como". Digo-o erradamente, provavelmente, mas convictamente, mesmo voltando a recorrer ao: erradamente. Fiz-me entender?
Gosto de comer bem, mas só aquilo que realmente aprecio, e são poucas as comidas que aprecio, são simples e com direito a repetição, as vezes que forem necessárias, ao longo de décadas. (não, não sou dado a experimentações)
O que mais me deixa saudades, e que triste verdade, é o arroz de frango da minha mãe, aquele que não me importava nunca de ingerir com deleite ao almoço e ao jantar, isto se não se criassem condições para que houvesse espaço para refeições de prazer. Que saudades!
Mas, e voltando ao mote deste texto, mesmo compreendendo que devemos comer menos e melhor, sou daqueles que não se importa nada de comer muito... e melhor. E, para mim, o melhor é comer aquilo que mais aprecio, mesmo que seja um "prego no prato". E mesmo detestando as consequências colaterais, tais como enfartamento, adoro poder sentar-me à mesa, de preferência caseira, e saborear... até me empanturrar, como se não houvesse amanhã.
Hoje, ao olhar para o meu filho, sinto que ele herdou este "defeito", o de comer como se não houvesse amanhã, sempre com aquela rapidez quase ofegante, impressionante e - já sei, dirão quase todos - preocupante.
A esses (todos) respondo com uma pergunta, ainda por cima daquelas mais "gastas" do que as pedras da calçada:
- E que prazer levaremos nós desta vida além de uma saborosa refeição?
Ok, eu também me quero responder. Tantos outros, tantos outros prazeres... Mas, neste caso, se pudesse, neste preciso momento, devoraria um tacho de arroz de frango, mas do da minha Mãe, e repetiria até morrer.
Francisco Moreira

2 comentários:

csr disse...

Sabes qual é prato confeccionado pela minha Mãe que ainda hoje me dá água na boca?? Adivinha lá...Arroz de Frango!!!!!!
Ninguem faz um arroz de frango assim....Ó Mãããããeee!!

FM disse...

Pena, Susana, que há 1 ano que já não posso saboreá-lo... Mas ficou o paladar, envolto em saudades que custam a cicatrizar...
Beijos de Luz.

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