quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pensar Calado

Detesto proibir-me de falar. Detesto travar a língua, só porque convém. Detesto, detesto e detesto. E sei bem, muito bem, por que é que detesto ter que me calar.
Detesto por causa desta "doença" que me infectou desde cedo, a tal de dizer sempre o que penso no instante, mesmo que tal, 2 segundos depois, mereça uma rectificação de 180 graus.
É, "morro" demasiadas vezes por falar, por não acatar as auto-proibições que a vida me ensina a usar como instrumento de defesa, para evitar os denominados "males maiores", tais como: maldade, aproveitamento, descontextualização e "diabo a quatro".
E vou tentando, mesmo, aprender a conter-me, mas é tão, tão difícil, tão incomodativo, tão falso.
Basta um "click" para, num segundo, desfiar um imenso dicionário de sentires, com opiníão "documentada", pura e simplesmente porque a minha mente, livre, quero acreditar, insiste em fazer-me soltar a garganta, como se fosse normal dizer-se tudo o que se quer, tal como se pensa.
Francisco Moreira

12 comentários:

JoeMar disse...

O mal da sociedade onde estamos inseridos é mesmo esse, não dizer "o que se quer, tal como se pensa". Frontalidade, a meu ver é uma qualidade e não um defeito. Prefiro ouvir uma barbaridade de alguém que disse o que pensou, do que ouvir o que gostaria de ouvir de um sínico! Por isso, mantém-te assim, frontal, mas com estilo!
Forte abraço.
Joel

Nelson Sousa disse...

Já somos 2, FM .. Às vezes cai mal , mas sabe tão bem! ;)

FM disse...

Pois, JoeMar, com estilo, mesmo que tenha pouco. (risos)
É lógico que concordo com o que dizes... Mas vou aprendendo, infelizmente.
Abraço de Luz.

FM disse...

(risos)
É isso, Nelson Sousa, é isso!
Abraço.

JoeMar disse...

Compreendo e concordo em absoluto, que por vezes temos que colocar um travão na língua. Já perdi algumas coisas por ser directo demais, mas ganhei outras por ser assim. Hoje em dia, talvez pelo avançar da idade (risos), estou um pouco menos explosivo, mas continuo a dizer o que penso, talvez de uma forma mais moderada. Infelizmente, temos de nos adaptar a sociedade hipocrita em que estamos, senão seremos injustamente penalisados. O importante é manteres a tua essência, da qual a frontalidade é uma parte relevante. Já sabes, sê frontal, mas com estilo! (Risos) E estilo Tu sabes que tens! ;-)
Aquele abraço.
Joel

paulofski disse...

Conheces-me o suficiente ao ponto de perceberes que não sou de muitas falas. É simplesmente uma característica pessoal e sei bem que muitas vezes perdi por não ter desabafado na altura certa. É como bem o dizes, o importante é manter a essência. Ao que parece escrevo mais do que falo!

Hélder Ferrão disse...

Mesmo que não o queiramos, para além da palavra, existem outras formas de fazer transparecer o que nos vai na alma. Para quem nos conhece bem, não é preciso ouvir o som da nossa voz, basta-lhes ler-nos os sinais claros da nossa cara, das nossa mãos, dos nossos olhos.... De uma forma ou de outra, acabamos quase sempre por nos denunciar...
Mas entendo o que dizes, Francisco... É uma luta constante connosco próprios. E ainda dizemos nós que somos "livres"! (sorrisos)
Abraço!

liamaral disse...

A "carneirada" é mesmo assim...!
:)Olá, beijo para ti tb!

FM disse...

Posso mudar em algumas coisas, mesmo não mudando, JoeMar, mas há lgo do que nunca prescindo, ou seja, da minha Essência, um dos meus maiõres defeitos e simultaneamente valores.
Abraço.

FM disse...

É, Paulofski, escreves mais do que falas, o que, convenhamos, para quem escreve TÃO BEM, é um crime não partilhares o que pensas com mais frequência, e pela voz, também.
Que a Essência se mantenha e, já agora, que o "Essências" também. (risos)
Abraço.

FM disse...

Pois, Hélder, é mesmo isso, Acabamos sempre por nos denunciar, e isso atrapalha-me, e muito... (risos)
Mas, por outro lado, gosto de quem gosta de gostar de mim pelo que sou, partindo eu do mesmo princípio em relação aos outros, claro.
Abraço.

FM disse...

Pois, Liamaral, pelos vistos! (risos)
Folgo em ver-te por cá. Obrigado pela visita, principalmente por andares mais "distante", mas sempre em mim, claro.
Beijos.

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