quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sudoeste - Festival dos Festivais

É realmente interessante ver milhares e milhares de tendas sem centímetros de separação entre elas, dando um colorido fantásticos a vários hectáres de floresta, com gentes vindas de vários cantos do País e, cada vez mais, do estrangeiro, e não se entenda estrangeiro por Espanha.
A grande maioria dos campistas, muitos dos quais em primeira experiência, chega ao "Sudoeste" 2 ou 3 dias antes do arranque do Festival, embora hajam alguns milhares que fazem questão em chegar 5 ou mais dias antes, provavelmente para poderem desfrutar do conceito que o próprio Festival assume, ano após ano, ou tentar arranjar os lugares mais próximos da entrada do recinto onde 3 palcos tentam agradar a "Gregos e Troianos".
Não menos interessante, já em pleno decurso do Festival, é poder assistir-se à forma como os jovens se desenrascam, seja na questão da higiene pessoal, com chuveiros e demais "ofertas" espalhados pelo "Camping", seja nos "cozinhados", com fogões improvisados, ali nos caminhos entre tendas, quando se arranja espaço, isto para não me referir ao dormir, muitas das vezes em tendas alheias ou "onde calhar", por conveniência, desorientação ou por "sorte".
É impressionante, verdadeiramente impressionante, as dezenas de milhares de pessoas, na sua maioria bem jovens, que, de repente, em poucos dias, transformam o "deserto" da Zambujeira do Mar num aglomerado de tribos das mais variadas "espécies", sejam elas mais "bizarras" ou mais "sofisticadas". É que, por muito difícil que seja de imaginar, estes largos milhares de pessoas acabam por integrar um mesmo ecossistema em jeito de solidariedade, quanto mais não seja durante cerca de uma semana.
Poderia também referir-me aos desfiles constantes depois do banho, com centenas e centenas de jovens envergando toalhas de banho (ou de praia), aos inúmeros fogareiros que dão cheiros "românticos" àquele gigantesco terreno ou, inclusive, à forma organizada e pacífica como todos (salvo raríssimas excepções) circulam e coexistem naquela comunidade improvisada. A dada altura, até parece que seríamos todos mais felizes se vivêssemos constantemente em Festivais como este, tamanha é a disponibilidade e paz que se vive no "Sudoeste".
Não é por acaso que o "Sudoeste" é considerado o "Festival dos Festivais", e os exemplos que acabei de referir são apenas poucos dos muitos retratos que fazem deste evento um Festival Fantástico.
Francisco Moreira

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