terça-feira, 29 de junho de 2010

24 Horas - O Jornal que eu Lia

Certamente que muitos ficaram espantados com o título deste Post, principalmente porque o jornal "24 Horas", em termos de imprensa escrita, não ser considerado uma referência jornalística, muito pelo contrário. Mas, de facto, o "24 Horas", ao longo dos não muitos anos em que existiu, era aquele jornal que eu lia de "lés a lés", e em apenas 10 minutos, conseguindo ficar minimamente informado acerca de tudo: política, curiosidades, fofoquices, desporto, etc.
Eu, assumo, era um dos pouco mais de 16 mil leitores que o procurava regularmente nas bancas dos postos de combustível, eu era um daqueles que ficava efectivamente "chateado" quando não o encontrava, ao ponto de o procurar noutros lugares. Gostava do "24 Horas", conhecia-o por "tu" desde o primeiro dia, ao ponto de ter tido uma amiga que, num aniversário meu, sendo ela ex-jornalista do "24 Horas", ter feito um exemplar a falar de mim, só para mim, claro.
Hoje, dia 29 de Junho de 2010, o "24 Horas" apresenta o seu último fôlego, a sua última página "escandalosa", mas ao seu jeito, ao seu estilo, à sua maneira de conseguir ser notícia, à sua maneira de tentar diariamente conquistar mais leitores, embora sem o conseguir, é um facto.
Obviamente que este diário, considerado uma espécie de parente pobre da imprensa Portuguesa, também morre em função da curva da crise, aquela que o fez perder leitores dia após dia, mês após mês, ano após ano. Mas, mesmo assim, neste seu último exemplar, que tentarei encontrar daqui a pouco, não deixa de dar um ar da sua graça, não deixa de provocar principalmente quem o criticava, com uma primeira página visivelmente "guerreira", embora, e infelizmente, em jeito de último suspiro. (Estará muita gente feliz com o seu fim?)
De facto, o dia de amanhã já não será o mesmo, pelo menos para mim, que fui um dos que sempre encarou o "24 Horas" como um jornal interessante, principalmente para quem não gosta de ler as secas que os outros jornais habitualmente nos dão, e dão muitas, só para político ver.
Neste momento, não estou de "baba e ranho", mas confesso que já tive despertares melhores e, já agora, leituras mais positivas do que a primeira página que aqui adiciono.
Francisco Moreira

3 comentários:

paulofski disse...

Nunca me encantou a sua fórmula sensacionalista. Não fiquei leitor do 24H., nem mesmo quando o comprava às 6ªas feiras só por causa da revista Bits e Bites. E foi com uma sensação semelhante de um lugar vazio na leitura quando o Tal & Qual se "reformou" ao fim de tantos e bons anos.

Ricardo disse...

Não era leitor do 24h.
Deixo apenas uma palavra de solideriedade para os jornalistas que vão ficar sem emprego.

Por falar em revistas, para o mês que vem vai haver uma nova revista por ai. Para já em formato apenas digital - New Optimism - dedicado em especial a criativos e à arte em geral.

(tinha de aproveitar a deixa para publicitar)

Abraço

julia sousa disse...

Apesar de jornal um pouco em formato de revista maria não deixava de incomodar muito boa gente.
Tomara que este(s) encerramento(s), 24 horas e global noticias, sejam, realmente e apenas, fruto da tão famigerada crise e não escondam os altos interesses dos senhores que estão nos gabinetes ;)

P.S. No sábado estiveste ao mais alto nível, gostei muito de te ver como já há muito não via!

Beijinhos

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