sexta-feira, 5 de março de 2010

Rede ao Milímetro

Adorava ter o poder de atirar a rede a uma grande parte das pessoas que me cumprimentam, uma daquelas redes que só deixasse passar quem merece, uma rede ao milímetro. Só para ver se são autênticas, como desejo que sejam, pelo menos comigo.
Entendo que esses "comprovativos" poderiam ser uma excelente oferta para quem não gosta nem sabe viver no dito "paraíso" das aparências.
Porquê a falsidade? Será que o interesse vale assim tanto esforço?
Porquê tanta "palmadinha"? Será que as costas do visado não lêem?
Sou daqueles que não desconfia, mesmo fazendo-se passar por "mal-disposto", em jeito de protecção. Sou daqueles que, pelo menos até à data, ainda opta por desagradáveis surpresas com o desejoso objectivo de "ganhar" mais alguém.
Entendo que a vida é feita de relações, mesmo com a quantidade de ralações que elas, as relações, nos apresentam, assim ao jeito de convite à desistência, em termos de investimentos sociais.
Entendo que devemos acreditar quase sempre, mesmo quando o fosso, aparentemente, está ali ao lado, mesmo quando "sabemos" que "aquilo" vai valer-nos pontuação negativa na escala dos depósitos da amizade.
E é por isso que, como referia, gostava de ter o poder de atirar a rede a uma grande parte das pessoas que me cumprimentam, a tal rede que avaliaria ao milímetro, sem grandes margens de "fuga".
Para quê? Para, de uma vez por todas, parar de me cansar em perder tempo com quem não devo, roubando essa preciosidade (o tempo) a quem dele tanto precisa, a quem tanto o merece, a quem tanto quero e devo dar.

Francisco Moreira

2 comentários:

Hélder Ferrão disse...

Meu caro Francisco, esse tipo de "desejo" não pode ser concretizado enquanto os "visados" vestirem a capa artificial da amizade. Poderás, isso sim, com tempo e paciência claro, ter de vez em quando um pequeno vislumbre para lá dessas capas, e aí com certeza retirarás algumas conclusões, mas nunca certezas.
Mas, penso que não estarei errado ao dizer que a muitas "dessas" conclusões já tu chegaste.

Abraço (sem palmadinha (risos)), mas sincero

FM disse...

Há palmadinhas que aprecio, das pessoas em que confio. É o teu caso. E Obrigado!
POr vezes, quando escrevo, ou melhor, na grande maioria das vezes, não me refiro a MIM mas sim ao TODO.
Abraço.

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