quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Trinaranjus Laranja

De cada vez que vou a uma daquelas lojas gigantes, vulgo hipermercados, reparo em mim e na tentação que tenho de comprar isto, aquilo e naqueloutro, levando-me a levar sempre um puxão de orelhas do meu cartão multibanco. Eu sei que para ir comprar uma garrafa de "Trinaranjus Laranja" não teremos que levar obrigatoriamente o carrinho e perder tempo em corredores da tentação a comprar o jornal, as "chiclets", o livro, os guardanapos, o detergente, o arroz, as batatas-fritas, as pilhas, aquele objecto que não sabemos bem para que serve mas que nos "fará falta", a nova versão de um outro qualquer equipamento que irá substituir o que temos parado lá no armário há mais de 5 anos, etc., ou melhor, e muitos etecéteras.
Eu sei que, naquele percurso entre a caixa registradora e a mala do carro, não paro de me perguntar o porquê de ter gasto tanto dinheiro, ainda por cima com os descontos do combustível e do tal cartão fidelizador a darem uma de "atenuadores", mas, verdade seja dita, ao fim de apenas 1 minuto, já me arrependi de ter "decorado" o carrinho com este mundo e o outro, e tudo por causa do maldito "Trinaranjus Laranja", aquela garrafa que, para não se sentir só, levou-me a comprar mais 6.
É, vou ter que me virar para a água, e de preferência da torneira, só para evitar aturar este meu cartão multibanco que nunca esteve tão irritante como nos dias que correm. Deve ser por causa da doença que lhe foi diagnosticada, uma tal de anorexia militante.

Francisco Moreira

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