terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Paranoias de um Locutor de Rádio 2

Uma das questões que mais suscita interesse junto de quem não está envolvido com o meio Rádio é a selecção das músicas ou, se preferirem, as Playlist. O que a imagem demonstra é isso mesmo, uma playlist no computador de emissão que uso diariamente com músicas, jingles, instrumentais e separadores.
Do lado direito encontra-se o que está(va) a tocar (1ª faixa) e o que será emitido. Do lado esquerdo encontra-se uma das listas onde estão as várias opções musicais, as quais, claro, respeitam a filosofia musical estabelecida para a estação emissora, isto segundo vários pressupostos.
No meu caso, trabalho com 7 playlists, às quais vou buscar os temas que, no meu entender, melhor se enquadram em função da hora de emissão e do target que se pretende atingir.
É uma grande verdade que, desde há uns anos atrás, com a formatação das Rádios, deixou de ser o locutor a assumir a plenitude das escolhas musicais. No máximo, como acontece comigo, pode escolher as canções a tocar as que "mais gosta ou menos desgosta", isto de entre um leque restrito de opções. Mas tem lógica. O objectivo principal é fazer com que a emissora tenha uma linha equilibrada e minimamente coerente.
O locutor já não toca nos CD e muito menos nos Vinil, ele deixou de ir à discoteca já que a discoteca está dentro do computador com que trabalha durante várias horas. Está tudo lá,... e ele "só" tem que ser um bom "cozinheiro" de maneira a conseguir que as iguarias que estão à sua disposição agradem ao maior número de pessoas que se encontram no seu público-alvo. As audiências, tal como em televisão, contam... e muito.
Como curiosidade, e contrariamente ao que faz a maioria dos outros locutores, eu alinho todo o programa de uma só vez... Muito raramente altero a playlist a seguir. Para terem uma ideia, um programa de 3 horas demora cerca de 30 minutos a alinhar, isto em simultâneo com a natural condução da emissão.
Por tudo isto e muito mais, quando ouvirem Rádio, imaginem um computador a debitar o que ouvem enquanto um locutor debita a informação que os "intervalos" musicais lhe permitem.

2 comentários:

paulofski disse...

Se o computador encrava aí o locutor tem que puxar da sua capacidade de improvisação, o que por vezes acontece.

FM disse...

Algumas vezes, como foi o caso... Pontaria tua? (risos)
Abraço.

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