terça-feira, 18 de novembro de 2008

Não há tempo.

Um dos processo mais penosos na elaboração de um livro é a sua correcção, a verificação daqueles "pormenores" que descobrimos constantemente ao virar das páginas, vezes sem conta. O principal problema é nunca estar satisfeito, ter sempre dúvidas sobre o que se escreve, a forma como se diz "isto e aquilo"... Há sempre algo a rectificar, há sempre algo a corrigir, há sempre algo que pode ficar muito melhor...
Felizmente que existem as "dead lines", aquele relógio com hora certa a quem perguntamos constantemente se nos pode dar mais um ou dois minutos, só para "ajustar" uma letra ou outra... Ainda bem que ele não permite, ainda bem que há outros "envolvidos" que também têm "dead lines" que dependem do cumprimento das nossas e que, queiramos ou não, não há tempo.
O mais difícil de todo o processo, além de inventar "mil e muitas situações" - mesmo quando sentimos que o cérebro não consegue encontrar mais respostas, é olhar para tudo e perceber que poderíamos fazer melhor, que poderíamos ter seguido por aqui ou por ali, com um jeito nisto ou um apêndice naquilo... Mas não, não há tempo, não há como chegar à perfeição.
Hoje, na altura em que as folhas estão a ser impressas, estou certo de que, mal tenha o livro na mão, encontrarei "mil e muitos defeitos" que, se pudesse, corrigiria com o próprio punho em cada um dos 20 mil exemplares.

6 comentários:

Unknown disse...

Compreendo o que dizes. Nos meus escritos, não há vez em que o produto final seja igual a um rascunho... isto quando faço rascunho. Na maioria das vezes sai directo e ao correr da pena. nem volto a ler senão depois de publicado, para não correr o risco de reescrever ou de deixar de dizer tanto do que sinto...
O que acho é que, se saíu de dentro de vós na altura em que o escreveram... então é porque está perfeito!

Beijo

FM disse...

Obrigado Natcha.
Beijos e continua a escrever ao "correr da pena", do "teclado"... (sorrisos)

paulofski disse...

De facto acontece-me isso quando de noite escrevo e de manhã releio. Onde estava eu com a cabeça para escrever isto!? Mas o que está, e pronto.

Abraço

FM disse...

E a mim Paulofski, são tantas as vezes que até acho "normal"... (risos)
Abraço.

Maurício disse...

A vida não é mais que a permanente busca da perfeição. E até dá gozo saber que não conseguimos ser perfeitos. Só para tentarmos outra vez! E depois outra...

Abraço Amigo.

FM disse...

É uma verdade Maurício... Mas acredite que esta foi "desgastante" e ainda está a sê-lo... A ver vamos se é para repetir. (sorrisos)
Abraço.

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