sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cartolas

Estamos em plena "Queima das Fitas" e quase tudo parece permitido, inclusive a paragem de um carro num cruzamento para que o, aparentemente alegre, condutor envie uma mensagem do seu telemóvel, como assisti à instantes e do qual me tive que desviar... Enfim, tenho assistido ao longo dos anos a um verdadeiro circo de acontecimentos que me preocupam enquanto ser humano, enquanto membro desta sociedade dita evoluída, enquanto pessoa não formada em termos escolares.
E a muito, dizem, não assisto eu... Mas ouço para aí os "zum-zum" das muita "mocas" que já não são só de álcool e das liberdades sexuais levadas a expoentes dignos de um 4º escalão. Sei que não podemos generalizar e que são mais os bem comportados do que os "desviados", mas dá que pensar... Dá que imaginar que os exageros se transformarão em "efemérides" de triste memória, principalmente naqueles casos onde o "só hoje" assumirá o papel do incontrolável "até quando".
E hoje, quando reparo nas fornadas de "formados" que são literalmente atirados para o "vê se te avias" no "quem tem unhas toca guitarra", fico ainda mais preocupado por perceber que, além do desemprego, há outras cicatrizes que acompanharão os do "só hoje" no cada vez mais longínquo mas presente "até quando".

6 comentários:

Ricardo disse...

Também por lá já passei.
Noutros tempos. Não me revejo minimamente nos "Estudantes" dos dias de hoje.
Sem querer cair no "no meu tempo é que era", de facto, a queima das fitas dos dias de hoje perdeu a graça. A festa que era dos estudantes para os estudantes, passou a ser a festa dos futuros-deputados-do-país (vulgo dirigentes associativos) para a cidade do Porto.
A queima é neste momento uma máquina de fazer dinheiro. Onde tudo vale. É pena. Fico triste por ver ao que as coisas chegaram e contente por no meu tempo não ter sido assim.

Ricardo disse...

Só uma achega. A queima não são só as festas no queimódromo (eu prefiro chamar-lhe outra coisa, mas não é o sitío apropriado). A verdadeira queima (a não comercial) é a serenata, é o cortejo, o sarau, o festival de tunas, o chá dançante, o baile de gala, o concerto promenade, etc.
Esta é a verdadeira essencia da queima das fitas.

FM disse...

Nunca andei na faculdade... Mas concordo contigo.

FM disse...

Provavelmente terás toda a razão...
Abraço.

Olá!! disse...

Já não se queima como dantes... :)))

paulofski disse...

Bota aí a minha concordância com a tua opinião.
Também não tenho o canudo e nunca fui participante activo da queima. Uma vez por ano tenho lá um dia de fim de trabalho diferente devido à folia do cortejo. Noutros tempos, e para que não deixasse a viatura obstruida era obrigado a estacionar-la bem longe, pelo caminho ia assistindo com agrado à irreverência e alguns exageros dos estudantes. De algum tempo a esta parte alterei o modo de viver essa tarde. Piro-me na direcção oposta porque agora só se assiste a exageros.

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