sábado, 15 de março de 2008
Pimenta
Há alturas em que a pimenta faz uma falta incrível... As pessoas já nem se apercebem dos palavrões que proferem, não reparam onde os expressam e muito menos se apercebem do que dizem.
Obviamente que os comuns palavrões já quase foram "ingeridos" pelo dicionário Português, a sua utilização pelo inculto ou instruído já tem pouca margem de manobra em termos de distância. O palavrão acaba por transformar-se numa ponte em que uma determinada palavra poupa tempo e reduz a quantidade de expressões a que teríamos que recorrer para explicar o pretendido. Numa palavra apenas, fica tudo dito e explicado.
No entanto, o problema não passa pelo dizer dos palavrões mas sim pela sua localização que, tantas vezes - em termos de estratégia, transforma o seu interlocutor numa figura difícil de gerir. Eu explico; quando o palavrão tem decibéis a mais e espaço em vão a menos, há fortes hipóteses de o palavrão facilmente aceite num círculo fechado se transformar numa barbaridade de 3º escalão.
Resumidamente; a pimenta faz falta não na língua mas na cabeça.
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4 comentários:
Há formas sublimes de dizer um palavrão, sem agredir... mas tens razão, as malaguetas fariam bem a muita gente...
Se faziam, se faziam...
Se fazem...
Pois fazem Mizé.
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