sábado, 23 de abril de 2011

Pingos de Nada

As minhas madrugadas têm sido longas, bem longas, e bem seguidas, porque assim tem que ser, principalmente quando nos impomos regras, quando nos provocamos com desafios, quando não sabemos ficar parados, quando sabemos e sentimos que, independentemente de tudo, muito do que somos parte do que fazemos, seja connosco ou com os outros.

E é por aí que tenho andado, entre mim e mim, ao sabor da mente, porque ancorar não condiz com o meu querer viver.

Confesso que, mesmo cansado, e ainda sem "nada", embora com tanto, sinto-me recompensado, principalmente pelos "pingos" que geram "marés", pelos aconteceres que nascem de "nadas", pelo tanto com que me envolvo e aconchego de cada vez que me deito, mesmo cumprimentando o clarear de um novo dia.

E hoje, talvez, se ainda me aguentar, assim será, pela 13ª noite, quase seguida... A ver vamos!

O que ando a fazer? O que quero fazer?

Nada. Porque, por mais que façamos, tudo acaba por se transformar em nada, nem que seja à custa do tempo, aquele que se cumpriu e que, por isso, já se fez "nada".

O que ganho com isso, com estes tais nadas?

Tanta coisa, e que vale tanto, pelo menos para mim, mesmo que continue a ser nada, ou quase nada.


Francisco Moreira

este texto é um agradecimento dirigido a quem, nestas madrugadas longas, mesmo à distância do "perto", tem feito parte do meu nada, contribuindo com tanto, mesmo que se sintam nada, tal como eu, tal como o que temos feito: nada

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